Gerd Leonhard: Conteúdo 2.0: ‘proteção’ está no modelo de negócio
(Content 2.0: protection is in the business model) e não na tecnologia
(pensamentos sobre o futuro da venda de conteúdo).
Abastecido pelas agitações na indústria da música e, finalmente, com a
transformação muito rápida dos livros para o formato digital, há
bastante debate em torno do fato das pessoas compartilharem
habitualmente isto é, redistribuírem conteúdo digital sem que os
usuários paguem por isso. Como se pode monetizar o conteúdo se a cópia é gratuita? Essa
pergunta é uma questão chave em todos os sentidos, seja com a música,
com livros digitais, noticiários, editoração, TV ou filmes.
Há o medo, claro, de que a partir do momento que um item digital foi
comprado por uma pessoa, ele pode ser facilmente encaminhado para
qualquer um se estiver num formato aberto, assim reduzindo
significantemente a possibilidade de que outra pessoa pague dinheiro
real por ele também (claro que o mesmo também é verídico para conteúdo
digital supostamente trancado ou protegido – só demora um pouco mais). Não ter mais controle sobre a distribuição = não ter mais dinheiro. Certo?
I am delighted to be able to share this brand-new translation with all my friends, tweeps and colleagues that speak Portuguese. The essay was kindly translated by Paula Neves, Analista de Marketing Digital at Approach (Brazil); be sure to visit her blog or Linkedin profile.
Gerd Leonhard: Conteúdo 2.0: ‘proteção’ está no modelo de negócio e não na tecnologia (pensamentos sobre o futuro da venda de conteúdo).
Abastecido pelas agitações na indústria da música e, finalmente, com a transformação muito rápida dos livros para o formato digital, há bastante debate em torno do fato das pessoas compartilharem habitualmente isto é, redistribuírem conteúdo digital sem que os usuários paguem por isso. Como se pode monetizar o conteúdo se a cópia é gratuita? Essa pergunta é uma questão chave em todos os sentidos, seja com a música, com livros digitais, noticiários, editoração, TV ou filmes. Há o medo, claro, de que a partir do momento que um item digital foi comprado por uma pessoa, ele pode ser facilmente encaminhado para qualquer um se estiver num formato aberto, assim reduzindo significantemente a possibilidade de que outra pessoa pague dinheiro real por ele também (claro que o mesmo também é verídico para conteúdo digital supostamente trancado ou protegido – só demora um pouco mais). Não ter mais controle sobre a distribuição = não ter mais dinheiro. Certo?
Apesar do simples fato da GDD (Gestão de Direitos Digitais, ou Digital Rights Management em inglês) já ter se mostrado desastrosa no mundo da música digital (e agora já é praticamente o passado), medidas técnicas de proteção ainda vêm sendo investigadas como um método plausível de se garantir o pagamento, especialmente no efervescente setor dos eBooks. Isso me preocupa muito porque medidas técnicas de proteção são caras, atrapalham ou previnem a adoção em massa, encurtam ou matam o compartilhamento social, o que derrota o marketing usuário-usuário, normalmente limitam drasticamente o uso honesto, e são geralmente inúteis no combate aos piratas reais, isto é, os que têm intenções maldosas e criminosas de roubar conteúdo e vendê-lo para outros.
Não somente conteúdo – Contexto! A meu ver, o pensamento de que a distribuição de conteúdo tem de ser controlada para que haja qualquer forma razoável de pagamento é fundamentalmente equivocado por causa dessa percepção não-tão-futurista: numa economia aberta e enredada (nota: estou falando sobre hoje e não amanhã!) editores de conteúdo têm de oferecer seus bens de uma forma que não mais considere a distribuição como o fator central. Não deve-se vender (somente) o conteúdo (ou seja, meros 0s e 1s) e sim também o contexto, os valores agregados, os vários outros itens em torno do conteúdo. Venda o que não pode ser copiado.
A tendência irrefutável é que a janela de oportunidade de se ‘vender cópias’ (isto é, iTunes, música digital, Kindle, etc) está rapidamente fechando, pelo menos na maior parte dos países desenvolvidos. A próxima oportunidade, e já muito presente, está na venda do acesso e serviços de valor agregado, e no fornecimento de experiências ligadas ao conteúdo.
A partir do momento que abarcarmos que os usuários – as pessoas dantes conhecidas como consumidores – não podem ser reduzidas a meros ‘compradores de cópias’, poderemos investigar como eles gostariam de pagar por todo o resto também. Por exemplo, ao comprar um eBook os usuários não deveriam pagar meramente pela autorização da distribuição, ou seja, a cópia legítima das palavras, e sim também poderiam ganhar acesso a comentários altamente especializados, amigos e colegas que possam ler esse livro, avaliações, explicações, apresentações de slides, imagens, links, vídeos, referências cruzadas, conexões diretas com o autor ou o editor e assim por diante. Sim: conectar com fãs + motivos para comprar (como o Mike Masnich do Techdirt já resumiu sucintamente diversas vezes)....
This is the complete, 75-minute video of my appearance on Brazil's most popular talk show on Public TV, called Roda Viva (on the TV Cultura channel). I was delighted to be invited to the show, and really enjoyed being 'grilled' by the super-smart journalists and Brazilian media experts in the studio. We could have talked forever! The show was originally broadcast on April 26 (on Brazilian TV as well as online, see the Twitter buzz here) but unfortunately the webcast did not work very well so this is the first time I have seen the video, myself, and thanks to Roda Viva / TV Cultura I am delighted to be able to share this recording with you, as well.
More information about the show is here. Duda Groisman made some great photos during the recording of this show, embedded below. Related activities on this trip include: my presentation for NBS Brazil "The Future of Communications and Business", and my presentation at Fundacao Dom Cabral (one of Brazil's best business schools) on "The Open Network Economy". Please note: the video is half Portuguese (the questions) and half English (my replies)
Together with my colleague and Swiss leadership guru Didier MarlierI have been doing some interesting work with one of the leading business schools in Brazil, Fundacao Dom Cabral (more on that soon!). The last time I was there I also managed to do a very special engagement for the very cool people at the NBS agency, see the details and PDF here.
Via the NBS gig and via Twitter (of course), I was introduced to the people that program one of the most accomplished and popular talk-shows on Brazilian Public TV, called Roda Viva, on the TVCultura channel. The show involves sitting in the midst of a circle of 10-15 very smart people that quite literally 'grill' you on some pretty tough issues (in my case, as you may have guessed, the future of content, copyright, marketing, social media etc).
The full video should be available via Roda Viva fairly soon; in the meantime I just discovered an entire set of some pretty good pictures that their really talented photographer (Duda Groisman took during the filming, embedded via the amazing Flickr widgets, below. Enjoy. And stay tuned.
Keynote Speaker, Think-Tank Leader, Futurist, Author & Strategist, Idea Curator, some say Iconoclast | Heretic, CEO TheFuturesAgency, Visiting Prof FDC Brazil, Green Futurist
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